quarta-feira, 7 de maio de 2008
O Pink Floyd foi com certeza uma das bandas mais influentes de todos os tempos não só no rock mas em toda a música moderna. Apesar das várias conturbações vendeu mais de 200 milhões de cópias em todo o mundo. Mas para discutirmos um pouco mais sobre eles, vou colocar uma breve história da banda.
Um dos fatores mais positivos do Pink Floyd e também da banda de Waters é que eles sabem fazer shows. São envolventes em todo show - destaque para os efeitos de laser, um porco gigante, o avião explodindo, etc. Vale a pena ouvir, ouvir de novo e por muitas vezes mais Pink Floyd. Eu recomendo os álbuns "The Dark Side of The Moon", "The Wall", "The Division Bell" e "Pulse".
Tudo começou em 1964 quando Syd Barret se juntou ao Tea Set, banda anterior ao Pink Floyd. Nessa junção, Syd assumiu a guitarra passando o lugar de baixista para Roger Waters. A banda foi batizada de Pink Floyd pelo próprio Syd após ter descoberto que uma banda tinha o mesmo nome. Essa primeira fase do Pink chamda de "Era Syd Barret" durou até 1968 quando o abuso de drogas como o LSD fez os outros membros da banda deixassem ele de lado. Nessa era, o fato realmente marcante do Pink Floyd, até então formado por Syd Barret (guitarra e vocal), Roger Waters (baixo), Nick Mason (bateria e percussão) e Richard Wright (teclados), foi o lançamento do seu primeiro álbum, "The Piper at the Gates of Down". Para muitos críticos ele é considerado um dos melhores primeiros álbuns de uma banda. Contém músicas totalmente surreais como "The Gnome" e é marcante a presença de efeitos de eco e de teclados.
Após a saída de Syd Barret, David Gilmour (um dos melhores guitarristas de todos os tempos, sem dúvidas :P) assumiu a posição de guitarrista do Pink Floyd. Entre 1968 e 1970 o estilo pelo o qual a banda é conhecida mundialmente estava tomando forma, o rock progressivo. Nessa era pós-Barret podemos classificar o Pink Floyd de duas maneiras: com Roger Waters e sem ele.
Assumindo as rédeas do grupo, Roger praticamente esteve presente na composição de quase todas as músicas (e olha que não foram poucas...). Isso acabou causando a ruptura do grupo, mas isso é assunto pra daqui a pouco. O sucesso do Pink Floyd realmente veio em 1971 quando foram lançados os álbuns "The Dark Side of The Moon" e "Wish You Were Here".
Eles foram marcados pelas linhas mais sólidas de baixo por parte de Waters, os solos extasiantes de Gilmour na guitarra e também pelas participações incríveis que os teclados tem nas faixas desses 2 álbuns. "The Dark Side" realmente é um dos melhores CDs de rock de todos os tempos. Os instrumentos parecem conversar dentro da música, hora calma (teclados e distorções leves na guitarra) e em partes mais agressivas como "Money","Time" e "Breathe in the Air". O álbum parece todo uma música só, daí o nome rock progressivo. Uma curiosidade dele é a impressionate semelhança com o filme "O mágico de Oz". Ponha o CD para tocar exatamente após o terceiro rugido do leão da MGM :P e você irá se surpreender. Partes do filme, como em que há um furacão há também no CD uma oscilação dramática; nesse ponto toca a música "The Great Gig in the Sky"onde há um solo de voz simplesmente incrível. Há também outras partes do CD que assemelham com a situação do filme, mas apesar de todas essas coincidências, os integrantes do Pink Floyd afirmam que é apenas uma mera coincidência mesmo. Nessa época são marcantes músicas de outros álbuns do Pink Floyd como "Wish You Were Here", e as verdadeiramente épicas "Echoes" (tem 23 minutos de deuração só) e "Shine On You Crazy Diamond". Essas duas últimas são realmente do cara... :P foi mal mas é só ouvi-las e vai ver que é verdade. Outras músicas que valem a pena serem ouvidas são "Welcome to the Machine" e "Have a Cigar" (apesar do nome, não fumem!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!).

A partir de 1976, a chamada "Era Roger Waters" eclodiu. O lançamento dos álbuns "The Wall", "The Final Cut" e "Animals" realmente marcaram presença no cenário da música. O clássico
"The Wall" nem precisa ser comentado (ouça o que digam sobre ele....). Mas calma, vou sim falar dele. O álbum é inspirado em canções que tratam da solidão e temas como a Segunda Guerra Mundial (há outras versões dizendo que "The Wall" se chama assim devido a uma briga entre Waters e um fã em um dos shows, construindo um muro entre banda e adoradores dela). O álbum em si é sensacional. Contém as músicas mais conhecidas do grupo como "In The Flesh", "Another Brick in The Wall - Part 2", "Hey You" e "Comfortably Numb". O marcante nesse álbum são realmente os solos de guitarra (toco guitarra e tudo - vejam o profile - mas sem dúvidas esses solos de David Gilmour são de pirar a cabeça de qualquer um). O feeling presente em músicas como "The Thin Ice", "Another Brick - Part 2", "Comfortably Numb, "Mother" - só para listar algumas - é demais. Para quem não sabe, feeling (= sentimento) é uma característica que o guitarrista ou também outros instrumentistas põem nas músicas, colocando realmente a vibração e a emoção de tocar nas suas canções. O instrumento parece conversar com a música, cantando com ela (ouça o solo final de "Comfortably Numb" e você vai entender o que estou dizendo). No feeling, o importante não é a velocidade ou técnica (apesar de Gilmour ter muita técnica e noção de escalas musicais) e sim o casamento do solo com o resto da música. Sem dúvidas, "The Wall" é um dos melhores álbuns de rock progressivo, senão o melhor, de todos os tempos. Há o filme com o mesmo nome do CD, produzido pela própria banda, onde todas as músicas do álbum são tocadas e as imagens passadas dão a idéia da viagem que aqueles caras passavam (veja o filme e vai entender).

Infelizmente, em 1987 após várias discussões entre Roger Water e os outros membros da banda,
Roger abandonou o Pink Floyd. Ele se reuniu com amigos e toca até hoje músicas do Pink Floyd e de autoria própria (no show dele ano passado eu fui - animal!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!). O Pink Floyd agora composto por David Gilmour, Mason e Wright compôs mais 3 álbuns: "A Momentary Lapse Of Reason", "The Division Bell" e "Pulse". "Divison Bell" com uma inspiração incrível de Gilmour onde em músicas como "What Do You Want From Me", "Keep Talking", "Poles Apart" e "High Hopes" mostra tudo o que sabe da guitarra, abusando do feeling. Em "A Momentary Lapse Of Reason" há a presença de "Learning to Fly" e em "Pulse" músicas de shows incluindo canções do "The Dark Side" e "The Wall".


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